Os bairros problemáticos e a realidade suburbana portuguesa são o tema de um importante trabalho de reportagem que se tornou referência obrigatória.
«Conhecida sobretudo como "repórter de causas", Fernanda Câncio é também uma notável escritora. A escrita de Câncio evidencia o carácter evanescente e nunca "dado" do real, como se a existência deste necessitasse a todo o tempo da escrita que o validasse.», Osvaldo Manuel Silvestre
«Podia ser isto: um "travelling" ininterrupto de fachadas iguais, janelas em quadrícula miúda e cimento vivo onde a tinta cedeu ao tempo, o colorido sujo, disperso, da roupa estendida, os grafites em risco descontínuo, o céu em recorte oblíquo, a incongruência áspera do sol. [...] Talvez sejamos todos suburbanos. Mas uns, como no ditado orwelliano, são mais que os outros. É desses que trata este livro. É o ponto de vista deles - esse ponto de vista que por sistema o olhar sobre a periferia ilide e rasura, porque impróprio no poema - que se procura. Porque eles vivem.»
Este livro é o resultado de um trabalho de investigação jornalística realizado por Fernanda Câncio a convite da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, entre 2003 e 2004.
«Conhecida sobretudo como "repórter de causas", Fernanda Câncio é também uma notável escritora. A escrita de Câncio evidencia o carácter evanescente e nunca "dado" do real, como se a existência deste necessitasse a todo o tempo da escrita que o validasse.», Osvaldo Manuel Silvestre
«Podia ser isto: um "travelling" ininterrupto de fachadas iguais, janelas em quadrícula miúda e cimento vivo onde a tinta cedeu ao tempo, o colorido sujo, disperso, da roupa estendida, os grafites em risco descontínuo, o céu em recorte oblíquo, a incongruência áspera do sol. [...]
Talvez sejamos todos suburbanos. Mas uns, como no ditado orwelliano, são mais que os outros. É desses que trata este livro. É o ponto de vista deles - esse ponto de vista que por sistema o olhar sobre a periferia ilide e rasura, porque impróprio no poema - que se procura. Porque eles vivem.»
Este livro é o resultado de um trabalho de investigação jornalística realizado por Fernanda Câncio a convite da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, entre 2003 e 2004.