A GUERRA COLONIAL ATRAVÉS DA CORRESPONDÊNCIA DE QUEM A VIVEU
Em 13 anos de Guerra Colonial, de Angola para Portugal, de Portugal para Moçambique, de Moçambique para a Guiné, entre namorados, pais e filhos, amigos e camaradas de armas, circularam milhares de cartas, com o correio entre as colónias e a metrópole chegando a atingir dez toneladas por dia.
Estas missivas emprestam perspectivas e sensibilidades pessoais a um conflito de carácter global, composto também por episódios privados de ciúme, saudade, medo, aborrecimento, racismo, resignação ou revolta crescente. Aqui representadas por 16 acervos, com cerca de 4400 cartas e aerogramas, estas são as histórias dentro da História, neste caso escrita por quem a viveu.
«Entramos com o pé direito, pois matámos quatro turras e três dos quais foram mortos pelo meu grupo, por conseguinte para recompensa já tive que entrar com duas grades de cerveja para a rapaziada.»
«Batemo-nos em três frentes, contra povos que há séculos subjugamos e mantemos na mais estrita miséria, numa luta sem glória e de resultados duvidosos. Vi tombar homens ao meu lado e não pude calar esta palpitante interrogação: quem lucra com estas mortes, qual a utilidade de mais uma vida perdida? Quantas vezes cerrei os dentes de raiva, continuei em frente, mas mesmo assim sem convicção…»
Em 13 anos de Guerra Colonial, de Angola para Portugal, de Portugal para Moçambique, de Moçambique para a Guiné, entre namorados, pais e filhos, amigos e camaradas de armas, circularam milhares de cartas, com o correio entre as colónias e a metrópole chegando a atingir dez toneladas por dia.
Estas missivas emprestam perspectivas e sensibilidades pessoais a um conflito de carácter global, composto também por episódios privados de ciúme, saudade, medo, aborrecimento, racismo, resignação ou revolta crescente. Aqui representadas por 16 acervos, com cerca de 4400 cartas e aerogramas, estas são as histórias dentro da História, neste caso escrita por quem a viveu.
«Entramos com o pé direito, pois matámos quatro turras e três dos quais foram mortos pelo meu grupo, por conseguinte para recompensa já tive que entrar com duas grades de cerveja para a rapaziada.»
«Batemo-nos em três frentes, contra povos que há séculos subjugamos e mantemos na mais estrita miséria, numa luta sem glória e de resultados duvidosos. Vi tombar homens ao meu lado e não pude calar esta palpitante interrogação: quem lucra com estas mortes, qual a utilidade de mais uma vida perdida? Quantas vezes cerrei os dentes de raiva, continuei em frente, mas mesmo assim sem convicção…»