NOVEMBRO DE 2014   |    136 PÁGINAS   |    20x14.5 CM   |    ISBN: 978‑989‑671‑236‑5    |   TRAD. Pedro Mexia   Estes livros também podem interessar-lhe:
Hugo Williams é filho de Hugh Williams e de Margaret Vyner, actores de cinema e teatro com certa nomeada na sua época. Talvez por isso, a poética de Williams é também uma espécie de performance. O material de trabalho é a autobiografia, as micro narrativas infantis, académicas, edipianas, classistas, sexuais. O tom é lacónico, ambíguo. E a linguagem procura uma clareza e concretude que quase nos fazem esquecer o jogo e o artifício. Williams começou por escrever poemas brevíssimos inspirados pelo imagismo e minimalismo de Ian Hamilton, depois entusiasmou-se com a estética boémia de Thom Gunn, e em seguida praticou um confessionalismo que deve o seu quê a Robert Lowell. Os poemas desta antologia, publicados nas últimas seis décadas, descrevem um passado que assombra o presente, de tal modo que um simples objecto quotidiano confunde os tempos, as memórias e as emoções. Igualmente irónicas e decepcionadas, estas elegias intimistas acompanham a construção de uma identidade que se fez e faz ainda de imitações e evocações, ou seja, de representações. De um «eu» como entretenimento sofrido., P.M.